sábado, 20 de fevereiro de 2010

Amritsar - O Templo Dourado... de dia

O dia amanheceu claro e quente e lá fui eu para ver o Templo Dourado... mas agora de dia. Lindo!
Dos mapas Google retirei esta imagem de satélite de todo o "complexo"...
Em 1577 o quarto Guru da religião sikh escavou um tanque que veio a ficar conhecido como Amrit Sarovar (Tanque do Néctar da Imortalidade), foi depois ampliado e à volta dele veio a crescer a cidade cujo nome nele teve origem - Amritsar. Foi no meio deste tanque que entre 1589 e 1601, numa mistura de estilos arquitectónicos islâmico e hindu, foi construído o Hari Mandir (ou Harmandir - Casa de Deus), que habitualmente é referido como Templo Dourado. Este "complexo", reconstruído, ampliado ou embelezado por mais de uma vez, que integra o Hari Mandir, o tanque e outros edifícios, veio a tornar-se o centro da religião Sikh.

Ao aproximar-me do templo nota-se que o movimento nas ruas é muito superior ao que se verificava à noite...
...muitos já fizeram as suas orações matinais...
Entrei pela mesma porta, por baixo deste relógio.
E aqui está a minha primeira visão diurna do templo.
Começo com uma panorâmica...Depois, tal como ontem à noite, fui dando a volta ao tanque e disparando...Nestas paredes e cúpulas foram aplicados cerca de 750 quilos de ouro!...
O Parikrama (caminho de mármore) cerca o o tanque sagrado...
Este é o Akal Takht, a sede suprema da religião sikh. Aqui estão guardadas as espadas e os estandartes dos gurus e é igualmente aqui que o livro sagrado é guardado durante a noite. Do outro lado do edifício a... ...Darshani Deorhi, o pórtico que se abre para a "ponte" que dá acesso ao Hari Mandir, o mais importante santuário da religião. Qualquer pessoa tem acesso ao interior do templo, mas a partir daqui não são permitidas fotografias...
Pormenor da porta de prata e do trabalho em mármore...
A passagem de mármore, com 60 metros de comprimento, ladeada por nove pares de lampiões dourados, liga o Akal Takht ao Hari Mandir, através do Amrit Sarovar...Vistas da passagem e...
...pormenor do templo.
Algumas fotos tirada do Parikrama e das gentes que por aqui passam...Repare-se no individuo que está dentro da água e que por segurança se agarrou a uma corrente e no outro, vestido de amarelo, que faz a segurança...
Mostro agora uma curiosidade: por acção dos ventos acumula-se neste canto do tanque algum lixo e, fundamentalmente, gordura que os fiéis, conforme vão tomando o seu banho sagrado, libertam do corpo. Este crente, com a ajuda de uma vara, vai eliminando aqueles resíduos.
Uma outra curiosidade é a Guru Langar, a cozinha, gerida por voluntários, com capacidade para oferecer diariamente aos visitantes dez mil refeições simples (um dahl - caril de lentilhas - e chapati - pão). Existe um vasto refeitório com capacidade para cerca de três mil pessoas... É um símbolo da sociedade igualitária e sem castas que os sikhs pretendem alcançar! Aqui mostro um "balcão", virado para o tanque, e uma das voluntárias arrumando as tigelas... E já agora, a terminar, ainda uma outra curiosidade: um verdadeiro sikh não costuma cortar o cabelo, o mesmo é enrolado e escondido pelo turbante. Este é um dos cinco K's, características que os sikhs aprenderam a conservar para se reconhecerem em épocas de guerra: Kesh (cabelos longos), kangha (pente de madeira ou marfim), kachera (calção folgado), kara (bracelete de metal) e kirpan (arma ou espada).Clicar para voltar à 2ª quinzena

1 comentário:

  1. Olá Taborda,
    De dia, ou de noite, o Templo Dourado é simplesmente deslumbrante! Então quer dizer que o que lhe confere aquela cor dourada, é realmente ouro! Imaginei que fosse outro material qualquer...
    De dia há muita mais animação, muitas mais pessoas, vêem-se melhor os pormenores e os detalhes, mas continuo a achar que de noite tem outro encanto!
    As pessoas que tomam os seus banhos sagrados dentro das águas do lago, e as gorduras que libertam, é que não fica lá muito bonito. Mas, cada país tem as suas tradições, e os seus rituais, e ninguém tem nada com isso... Coitado do crente, que tem que estar ali a limpar o lixo!
    É um complexo lindíssimo, cheio de coisas belas para ver e para apreciar.
    As suas fotografias ficaram como sempre, maravilhosas!!
    Por acaso, eu sabia essa curiosidade de os siks não cortarem o cabelo, e de o enrolarem debaixo dos turbantes. Mas não conhecia as formas de se reconhecerem em tempo de guerra. Muito interessante!
    Beijinhos,
    Glória

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